A
Secretaria da Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap) registrou, na
madrugada e na tarde de ontem, as duas primeiras mortes no sistema prisional do
Maranhão, neste ano. As vítimas foram Josivaldo Pinheiro Lindoso, conhecido
como Bigode, de 35 anos, encontrado estrangulado na cela 9 do Centro de Triagem
do Complexo de Pedrinhas, que hoje funciona dentro do Centro de Detenção
Provisória (CDP), e Sildener Pinheiro Martins, de 19 anos, morto a chuçadas
após uma briga com membros da mesma facção e o corpo foi encontrado enrolado em
lençóis. Outros oito assassinatos foram registrados na Região Metropolitana de
São Luís, apenas no primeiro dia do ano, entre eles o de João Coelho de Sousa,
de 43 anos, atingido a tiros involuntariamente pelo amigo, o policial civil
Eduardo Daniel Ribeiro.
O
detento Josivaldo Lindoso, o primeiro a ser morto em Pedrinhas, segundo a
polícia, tinha sido preso na noite de terça-feira (31), por policiais do 9º
Batalhão da Polícia Militar, próximo a um bar, no Coroado (área do bairro João
Paulo), portando um revólver calibre 38. Ele havia sofrido um atentado à bala.
Levado ao Hospital Municipal Dr. Djalma Marques (Socorrão I), ele foi
reconhecido como foragido da Justiça desde o Natal de 2012, por ter em seu
desfavor dois mandados de prisão por roubo qualificado. Lindoso foi, então,
conduzido ao Plantão Central da Beira-Mar.
Na
delegacia, ele chegou a revelar aos policiais militares que morreria caso
retornasse a Pedrinhas. "Ele [Josivaldo] pediu para não ser preso, pois se
voltasse para o presídio certamente seria morto. O atentado que ele sofreu
mostra que, de fato, alguém queria matá-lo", disse um sargento do Serviço
de Inteligência do 9º BPM, quando o apresentava na delegacia. Josivaldo
Lindoso, porém, foi reconduzido a Pedrinhas, já que era sentenciado pela 6ª Vara
Criminal a cumprir seis anos de reclusão.
A
Delegacia de Homicídios (DH) da capital, mesmo com poucas horas de
investigação, conseguiu identificar quatro colegas de cela de Josivaldo Lindoso
suspeitos de matá-lo. São eles os assaltantes Cledeilson de Jesus Cunha, de 29
anos, e Johnny David Pereira Silva, de 30 anos, e os homicidas Halison Pedrosa
dos Santos, de idade não revelada, e Joab Costa Almeida, de 20 anos. Segundo a
polícia, todos seriam integrantes da gangue Bonde dos 40 e não aceitaram a chegada
da vítima, que seria membro da facção criminosa Primeiro Comando do Maranhão
(PCM).
Quanto
a Sildener Pinheiro Martins, de 19 anos, a Secretaria de Justiça e
Administração Penitenciária informou que o detento foi morto a golpes de chuço
durante uma briga entre membros da mesma facção criminosa. Até o fechamento
desta edição, a direção do presídio ainda aguardava a chegada dos técnicos do
Instituto de Criminalística (Icrim) para os levantamentos e a remoção do corpo.
Homicídios
- Além das mortes dos detentos em Pedrinhas, outros oito assassinatos foram
registrados no primeiro dia de 2014. A primeira vítima do ano também tinha o
mesmo nome do preso. Josivaldo Costa da Silva, de 26 anos, foi morto a tiros no
Barreto, crime ocorrido logo no início da madrugada de quarta-feira (1º), por
volta de 1h30. Pela manhã, entre as 9h30 e 10h, foram mortos a facadas Edivaldo
Frazão Prazeres, de 31 anos, no bairro Pedrinhas, e Joseildo Ferreira, de 24
anos, no bairro Alto da Esperança.
Por
volta do meio-dia, Adielson de Oliveira Nery, de 20 anos, foi assassinado a
tiros, na Liberdade. Já no início da noite, a vítima da violência urbana na
capital foi Carlos Gouves da Silva, de 26 anos. Ele foi alvejado com disparos
de arma de fogo, por volta das 19h, no bairro Cidade Operária. Também foram
mortos a tiros Edilson Carlos Sousa, de 27 anos, no Anil, e Ítalo Ferreira de
Araújo, de 22 anos, na Cohama.
Brincadeira
- O último homicídio registrado no dia 1º foi fruto de uma brincadeira. João
Coelho de Sousa, de 43 anos, foi alvejado a tiros na Rua F, do bairro Planalto
Anil III, por volta das 23h30. O autor dos disparos, segundo investigação da
Polícia Civil, foi um amigo da vítima, o comissário da Polícia Civil do
Maranhão Eduardo Daniel Ribeiro, lotado na delegacia da cidade de Alto Alegre
do Pindaré. Ainda segundo as investigações, o policial teria reagido a uma
brincadeira do colega, no instante em que ele, na garupa de uma moto conduzida
por um amigo, parou ao lado do policial e anunciou um falso assalto.
A
brincadeira de mau gosto, que resultou na morte de João de Sousa, também custou
caro ao piloto da motocicleta. Márcio Paixão Silva, de 32 anos, foi alvejado
pelo policial civil, e permanece internado em estado grave no Hospital
Municipal Dr. Clementino Moura (Socorrão II). Depois de reconhecer os colegas e
se ver diante de uma tragédia, o comissário se apresentou espontaneamente no
Plantão Central do Cohatrac, onde foi autuado por homicídio culposo (quando não
há intenção de matar).
Sejap esclarece crimes ocorridos em Pedrinhas
A
Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) informa
que os detentos Josivaldo Pinheiro Lindoso, de 35 anos, e Sildener Pinheiro
Martins, de 19 anos, foram encontrados mortos ontem no Complexo Penitenciário
de Pedrinhas. O primeiro, na madrugada, na Cela 9, do Centro de Triagem, em São
Luís, com sinais de estrangulamento, e o segundo, na mesma unidade, vítima de
chuçadas após uma briga com membros da mesma facção.
Josivaldo
era foragido desde 2012, após ser beneficiado com o indulto do Natal e não ter
retornado. A Delegacia de Homicídios está investigando o caso. Ele tinha sido
preso em abril de 2009 por roubo e condenado a 6 anos de prisão. O detento foi
recapturado em cumprimento de mandado expedido pela Justiça, na terça-feira (31),
e reconduzido ao presídio no mesmo dia. A Delegacia de Homicídios está
investigando os dois casos.
Medidas
- A Sejap reitera que uma série de medidas está sendo desenvolvida para
devolver a normalidade ao sistema prisional do estado e para assegurar os
direitos e a integridade de seus usuários. Uma Comissão de Investigação,
instalada logo após as denúncias feitas pelo Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), está acompanhando todos os trabalhos nos presídios.
A
Diretoria de Segurança dos Presídios do Maranhão, criada por determinação da
governadora Roseana Sarney, está atuando desde sexta-feira (27) reforçando a
segurança interna nas unidades prisionais da Região Metropolitana de São Luís.
Por
meio do Programa Viva Maranhão, o governo está investindo na construção de
novas unidades e no reaparelhamento do Sistema Penitenciário do Estado.
O
Governo do Maranhão reafirma que continua agindo em conjunto com todos os
setores e órgãos que atuam na defesa dos direitos humanos e daqueles que
promovem a garantia da justiça e segurança.
Mais
Josivaldo
Pinheiro Lindoso foi o primeiro detento morto em 2014. Ao longo dos 12 meses de
2013, pelo menos 60 presos foram assassinados, em unidades prisionais da Região
Metropolitana de São Luís. Devido ao robusto número de mortes nos presídios -
que motivou, inclusive, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a denunciar as
condições de insegurança no sistema prisional do Maranhão -, o Governo do
Estado determinou que a Polícia Militar assumisse o controle da situação, ao
lado de parte da tropa da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), que ainda
permanece em Pedrinhas. (O Estado).
A
Secretaria da Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap) registrou, na
madrugada e na tarde de ontem, as duas primeiras mortes no sistema prisional do
Maranhão, neste ano. As vítimas foram Josivaldo Pinheiro Lindoso, conhecido
como Bigode, de 35 anos, encontrado estrangulado na cela 9 do Centro de Triagem
do Complexo de Pedrinhas, que hoje funciona dentro do Centro de Detenção
Provisória (CDP), e Sildener Pinheiro Martins, de 19 anos, morto a chuçadas
após uma briga com membros da mesma facção e o corpo foi encontrado enrolado em
lençóis. Outros oito assassinatos foram registrados na Região Metropolitana de
São Luís, apenas no primeiro dia do ano, entre eles o de João Coelho de Sousa,
de 43 anos, atingido a tiros involuntariamente pelo amigo, o policial civil
Eduardo Daniel Ribeiro.
O
detento Josivaldo Lindoso, o primeiro a ser morto em Pedrinhas, segundo a
polícia, tinha sido preso na noite de terça-feira (31), por policiais do 9º
Batalhão da Polícia Militar, próximo a um bar, no Coroado (área do bairro João
Paulo), portando um revólver calibre 38. Ele havia sofrido um atentado à bala.
Levado ao Hospital Municipal Dr. Djalma Marques (Socorrão I), ele foi
reconhecido como foragido da Justiça desde o Natal de 2012, por ter em seu
desfavor dois mandados de prisão por roubo qualificado. Lindoso foi, então,
conduzido ao Plantão Central da Beira-Mar.
Na
delegacia, ele chegou a revelar aos policiais militares que morreria caso
retornasse a Pedrinhas. "Ele [Josivaldo] pediu para não ser preso, pois se
voltasse para o presídio certamente seria morto. O atentado que ele sofreu
mostra que, de fato, alguém queria matá-lo", disse um sargento do Serviço
de Inteligência do 9º BPM, quando o apresentava na delegacia. Josivaldo
Lindoso, porém, foi reconduzido a Pedrinhas, já que era sentenciado pela 6ª Vara
Criminal a cumprir seis anos de reclusão.
A
Delegacia de Homicídios (DH) da capital, mesmo com poucas horas de
investigação, conseguiu identificar quatro colegas de cela de Josivaldo Lindoso
suspeitos de matá-lo. São eles os assaltantes Cledeilson de Jesus Cunha, de 29
anos, e Johnny David Pereira Silva, de 30 anos, e os homicidas Halison Pedrosa
dos Santos, de idade não revelada, e Joab Costa Almeida, de 20 anos. Segundo a
polícia, todos seriam integrantes da gangue Bonde dos 40 e não aceitaram a chegada
da vítima, que seria membro da facção criminosa Primeiro Comando do Maranhão
(PCM).
Quanto
a Sildener Pinheiro Martins, de 19 anos, a Secretaria de Justiça e
Administração Penitenciária informou que o detento foi morto a golpes de chuço
durante uma briga entre membros da mesma facção criminosa. Até o fechamento
desta edição, a direção do presídio ainda aguardava a chegada dos técnicos do
Instituto de Criminalística (Icrim) para os levantamentos e a remoção do corpo.
Homicídios
- Além das mortes dos detentos em Pedrinhas, outros oito assassinatos foram
registrados no primeiro dia de 2014. A primeira vítima do ano também tinha o
mesmo nome do preso. Josivaldo Costa da Silva, de 26 anos, foi morto a tiros no
Barreto, crime ocorrido logo no início da madrugada de quarta-feira (1º), por
volta de 1h30. Pela manhã, entre as 9h30 e 10h, foram mortos a facadas Edivaldo
Frazão Prazeres, de 31 anos, no bairro Pedrinhas, e Joseildo Ferreira, de 24
anos, no bairro Alto da Esperança.
Por
volta do meio-dia, Adielson de Oliveira Nery, de 20 anos, foi assassinado a
tiros, na Liberdade. Já no início da noite, a vítima da violência urbana na
capital foi Carlos Gouves da Silva, de 26 anos. Ele foi alvejado com disparos
de arma de fogo, por volta das 19h, no bairro Cidade Operária. Também foram
mortos a tiros Edilson Carlos Sousa, de 27 anos, no Anil, e Ítalo Ferreira de
Araújo, de 22 anos, na Cohama.
Brincadeira
- O último homicídio registrado no dia 1º foi fruto de uma brincadeira. João
Coelho de Sousa, de 43 anos, foi alvejado a tiros na Rua F, do bairro Planalto
Anil III, por volta das 23h30. O autor dos disparos, segundo investigação da
Polícia Civil, foi um amigo da vítima, o comissário da Polícia Civil do
Maranhão Eduardo Daniel Ribeiro, lotado na delegacia da cidade de Alto Alegre
do Pindaré. Ainda segundo as investigações, o policial teria reagido a uma
brincadeira do colega, no instante em que ele, na garupa de uma moto conduzida
por um amigo, parou ao lado do policial e anunciou um falso assalto.
A
brincadeira de mau gosto, que resultou na morte de João de Sousa, também custou
caro ao piloto da motocicleta. Márcio Paixão Silva, de 32 anos, foi alvejado
pelo policial civil, e permanece internado em estado grave no Hospital
Municipal Dr. Clementino Moura (Socorrão II). Depois de reconhecer os colegas e
se ver diante de uma tragédia, o comissário se apresentou espontaneamente no
Plantão Central do Cohatrac, onde foi autuado por homicídio culposo (quando não
há intenção de matar).
Sejap esclarece crimes ocorridos em Pedrinhas
A
Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) informa
que os detentos Josivaldo Pinheiro Lindoso, de 35 anos, e Sildener Pinheiro
Martins, de 19 anos, foram encontrados mortos ontem no Complexo Penitenciário
de Pedrinhas. O primeiro, na madrugada, na Cela 9, do Centro de Triagem, em São
Luís, com sinais de estrangulamento, e o segundo, na mesma unidade, vítima de
chuçadas após uma briga com membros da mesma facção.
Josivaldo
era foragido desde 2012, após ser beneficiado com o indulto do Natal e não ter
retornado. A Delegacia de Homicídios está investigando o caso. Ele tinha sido
preso em abril de 2009 por roubo e condenado a 6 anos de prisão. O detento foi
recapturado em cumprimento de mandado expedido pela Justiça, na terça-feira (31),
e reconduzido ao presídio no mesmo dia. A Delegacia de Homicídios está
investigando os dois casos.
Medidas
- A Sejap reitera que uma série de medidas está sendo desenvolvida para
devolver a normalidade ao sistema prisional do estado e para assegurar os
direitos e a integridade de seus usuários. Uma Comissão de Investigação,
instalada logo após as denúncias feitas pelo Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), está acompanhando todos os trabalhos nos presídios.
A
Diretoria de Segurança dos Presídios do Maranhão, criada por determinação da
governadora Roseana Sarney, está atuando desde sexta-feira (27) reforçando a
segurança interna nas unidades prisionais da Região Metropolitana de São Luís.
Por
meio do Programa Viva Maranhão, o governo está investindo na construção de
novas unidades e no reaparelhamento do Sistema Penitenciário do Estado.
O
Governo do Maranhão reafirma que continua agindo em conjunto com todos os
setores e órgãos que atuam na defesa dos direitos humanos e daqueles que
promovem a garantia da justiça e segurança.
Mais
Josivaldo
Pinheiro Lindoso foi o primeiro detento morto em 2014. Ao longo dos 12 meses de
2013, pelo menos 60 presos foram assassinados, em unidades prisionais da Região
Metropolitana de São Luís. Devido ao robusto número de mortes nos presídios -
que motivou, inclusive, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a denunciar as
condições de insegurança no sistema prisional do Maranhão -, o Governo do
Estado determinou que a Polícia Militar assumisse o controle da situação, ao
lado de parte da tropa da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), que ainda
permanece em Pedrinhas. (O Estado).
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