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quinta-feira, 17 de maio de 2018

Almejando Senado, Takayama propõe discurso conservador O deputado federal defende valores cristãos e falou de aborto, casamento gay e drogas



O deputado federal Hidezadu Takayama (PSC) falou sobre suas ideias políticas nesta terça-feira (15). Ele defendeu direitos conservadores e da parcela cristã da população brasileira. Em entrevista à Gazeta do Povo, declarou o que irá defender se for eleito senador.
– Nós estamos numa encruzilhada. Ideologia de gênero e outros assuntos modernos estão entrando na sociedade e ferem uma parcela grande da população, que é a cristã. Entre católicos e evangélicos, são 86,8% dos brasileiros – afirmou.
Ele também comentou sobre outros tópicos delicados e de interesse da parcela conservadora.
– Esse número enorme de cristãos não quer uma mudança radical na sua compreensão sobre aborto, disseminação das drogas, casamento homossexual. Não tem nada a ver com homofobia, apenas temos posição – defendeu o candidato.
Em janeiro, confrontado sobre interesses da parcela ateia dos brasileiros, o deputado foi direto ao declarar que a maioria sempre deve ser ouvida dentro da democracia.
– O Estado é laico e tem que continuar assim. Mas eles, os ateus, têm que entender que o povo daqui é 85% cristão. A democracia é clara. A maioria vence – defendeu o político, em entrevista à Folha de S. Paulo, na ocasião.
Takayama nasceu na cidade paranaense de Rolândia e tem 70 anos. É pastor da Assembleia de Deus, casado e tem três filhas. Foi professor de Matemática e Ciência antes de ingressar na carreira política como vereador em Curitiba, no Paraná.
Já foi deputado estadual do Paraná e é deputado federal desde 2003. No Congresso, é coordenador da frente parlamentar Brasil-Japão e um dos fundadores da bancada evangélica.

O que Geraldo Alckmin acha sobre religião, aborto e gays




Pleno.News - 17/05/2018 09h42

Geraldo Alckmin é um dos pré-candidatos à Presidência da República Foto: Divulgação/Secom SP
Atualmente são 18 os pré-candidatos à Presidência da República. Para ajudar a conhecer um pouco mais sobre cada um, o Pleno.News preparou um perfil deles. Confira aqui o de Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa o cargo pela segunda vez:
TRAJETÓRIAGeraldo Alckmin é médico por formação e entrou na carreira política como vereador e depois prefeito da sua cidade natal, Pindamonhangaba (SP). Foi deputado estadual e federal por São Paulo, até chegar ao Governo do Estado de São Paulo em 2001. Depois voltou ao cargo em 2011, no qual ficou até o dia 6 de abril deste ano (saiu para disputar as Eleições).
No total, cumpriu quatro mandatos como governador do estado. Disputou a Presidência uma vez, em 2006, na qual ficou em segundo lugar. Começou no MDB, mas acabou se transferindo para o PSDB, onde segue até hoje. É o atual presidente do partido.
RELIGIÃO E FAMÍLIAAlckmin é católico. Em entrevistas, já admitiu que seus parentes pertenceram à organização católica ultraconservadora Opus Dei. O grupo é visto por alguns de forma negativa, mas o político já declarou abertamente sua opinião sobre ele.
– O meu tio é que era da Opus Dei. Eu não vejo nenhum problema na Opus Dei. O monsenhor Escrivá (fundador do grupo) foi beatificado, canonizado e é santo da Igreja Católica. Não vejo nenhum problema. Se eu fosse, eu até lhe diria. Agora, sou católico – declarou em 2005, durante o programa Roda Viva.
Sobre o relacionamento com outras crenças, principalmente dos evangélicos, defende a união das igrejas “vai inspirar o Brasil para que a gente possa avançar e melhorar ainda mais”.
– Nós precisamos nos inspirar na igreja. Nos momentos conturbados, ela é o porto seguro dos valores cristãos. Vamos deixar essa divisão de nós contra eles para se unir em torno de valores. Uma casa dividida não caminha – declarou durante abertura da ExpoCristã em 2017.
ABORTOO tucano é contra a legalização do aborto. Para ele, a legislação brasileira atual é suficiente para prevenir a gravidez indesejada. No lugar da legalização do aborto, Alckmin propõe aumento dos programas de educação sexual.
– Eu não vejo o aborto como solução. Nós já temos previstos na lei casos de aborto para estupro, risco de morte para a mãe. Para outros casos, a solução é evitar a gravidez indesejada – disse em 2006, à Folha de S. Paulo.
GAYSGeraldo Alckmin é a favor da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Defende a prática por percebê-la como um contrato entre duas pessoas. Em 2012, falou sobre o assunto à rádio Mix.
– Primeiro que a lei estadual que nós promulgamos em 2001 (Lei 10.948) que ela seja federal, que ela possa ir para o Brasil inteiro para não se tolerar homofobia, não se tolerar discriminação, não se tolerar injustiça. A injustiça cometida contra uma pessoa é uma ameaça a toda a sociedade. Não pode ser tolerada. E sou favorável aos direitos civis, os direitos civis são importantes. É uma tradição da legislação brasileira – afirmou na ocasião.
ECONOMIAUm dos carros-chefe de sua campanha sempre é a economia. Alckmin busca crescimento econômico pela desburocratização dos processos públicos, incentivo da competitividade e maiores importações e exportações.
O economista Persio Arida, participante do Plano Real, foi contratado pelo ex-governador para criar o plano de ação econômica da campanha presidencial.
– Se tivermos um bom marco regulatório, você pode até privatizar tudo no futuro, sem nenhum problema – afirmou em fevereiro à revista Época Negócios.