Páginas

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Pesquisador maranhense reúne acervo sobre a história do rádio


Pesquisador maranhense reúne acervo sobre a história do rádio

Mostra com a história do rádio brasileiro foi aberta nessa segunda (2). Trabalho do radialista Talvane Lukatto já foi divulgado internacionalmente.

Exposição reúne acervo sobre história do rádio (Foto: Divulgação/Lauro Vasconcelos)Exposição reúne acervo sobre história do rádio (Foto: Divulgação/Lauro Vasconcelos)
A memória dos meios de comunicação de massa estará exposta através da “Mostra do Acervo Talvane Lukatto” na Galeria Trapiche Santo Ângelo, em São Luís. A mostra reúne o acervo sobre a história do rádio brasileiro que o radialista e pesquisador maranhense Talvane Lukatto conseguiu reunir ao longo de vários anos.
Talvane começou sua paixão pelo rádio aos 11 anos de idade, usando os próprios recursos para aquisição do acervo, que hoje conta com 64 receptores antigos de rádios, 16 mil fitas cassetes com programas de várias partes do Brasil, 50 mil discos de vinil, dois mil adesivos de rádios de vários países, cinco mil DVDs com partidas de futebol, novelas, telejornais, programas eleitorais, minisséries, dentre outros.
O trabalho do radialista já foi divulgado em níveis local, nacional e internacional. O acervo conta com material da Rádio BBC de Londres, Rádio Internacional da China, Jovem Pan (São Paulo), Aparecida AM (Aparecida do Norte- SP), Rio Mar (Manaus), Excelsior (Salvador), dos jornais Folha de São Paulo, Revista Zine (Jornal do Brasil), Revista Aerp (Curitiba), O Estado do Maranhãox (São Luís), Jornal Pequeno (São Luís), Jornal O Imparcial (São Luís), TV Difusora (Afiliada SBT - São Luís), TVE (Rio de Janeiro e São Luís), Globo News (Programa Via Brasil) e Canal 20 (TV a cabo – São Luís).
O pesquisador já realizou, em São Luís, oito exposições de rádios antigos, tendo como temática o passado, o presente e o futuro do rádio brasileiro. Fazendo um passeio por várias épocas, cada uma representada por um receptor de rádio diferente. Em setembro de 2005, Talvane foi homenageado com uma placa comemorativa entregue pelo Sindicato dos Radialistas do Maranhão devido os relevantes serviços prestados ao rádio maranhense.
Exposição reúne acervo sobre história do rádio (Foto: Divulgação/ Lauro Vasconcelos)Exposição reúne acervo sobre história do rádio (Foto: Divulgação/ Lauro Vasconcelos)
Em entrevista ao G1, Talvane falou sobre como começou a paixão pelos registros sonoros e ainda, sobre o programa Memórias do Rádio no Ar. “O programa foi criado há nove anos com a ideia de colocar à disposição das pessoas o meu acervo particular, que são gravações de programas antigos que eu faço desde criança. Eu gravava aleatoriamente sem ter ideia do que eu faria com isso no futuro. Em 1994 eu concedi uma entrevista à rádio nacional do Rio de Janeiro e falei do trabalho que eu tinha e um certo locutor perguntou: Por que no Maranhão as pessoas não te dão oportunidade de falar da história do rádio através do conhecimento que você tem e dos programas que você tem gravados? Eu fui assimilando as coisas e criei um esboço de um programa de rádio onde eu pudesse falar das coisas do rádio com as minha gravações. Entrei em contato com várias emissoras de rádio e de início nenhuma teve interesse. Depois eu fui convidado para vir trabalhar na Rádio Mirante AM, ai eu coloquei a ideia do Memórias do Rádio. E ele está ai, todos os sábados, das 14 às 16 horas, sempre com um áudio inédito, entrevistas com personalidades que foram importantes para o rádio. É o único programa que não pode ser clonado, eu costumo brincar”.
Sobre as raridades que o pesquisador guarda em seu acervo, um áudio de 1965 é destaque. “Em nível local eu citaria as radionovelas, partidas de futebol e o áudio mais antigo que eu tenho, relacionado ao Maranhão, é de 1965, que é uma entrevista com o ex-governador Newton Bello fazendo um balanço do governo dele. A voz mais antiga do meu acervo, em nível local, é dele. Em nível nacional tem muita coisa, programas de humor, programas de auditório, entre outros”, ressaltou Talvane.
A Galeria Trapiche funciona na Avenida Vitorino Freire, s/nº - Praia Grande, em frente ao Circo Cultural Nelson Brito. A exposição fica aberta ao público no horário das 14h às 18 horas, de segunda a sexta-feira, até o dia 18 de setembro, com entrada gratuita.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário