Wellington do Curso, vice-presidente do PPS-MA, visitou o município de
São João do Caru, para acompanhar, de perto, o clima de tensão na área
da reserva indígena Awá-Guajá, onde a qualquer momento deverá ser
iniciada a operação de retirada de cerca de 1.200 famílias não
indígenas. A visita aconteceu domingo (12).
Localizada a 359 km de São Luís e situada entre quatro municípios
(Centro Novo do Maranhão, Governador Newton Bello, Zé Doca e São João do
Caru), a reserva tem cerca de 116 mil hectares e 37% dela já foi
devastada, segundo levantamento feito pelo Centro Gestor e Operacional
do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM).
Em São João do Caru, o professor Wellington visitou a Base Operacional
que foi montada pelo Exército Brasileiro para dar apoio logístico à
realização do processo de desintrusão. Na base operacional, além do
Exército, há representantes da Força Nacional, Polícia Federal, Polícia
Rodoviária, INCRA, FUNAI, IBAMA, Ministério da Saúde e Secretaria Geral
da Presidência da Republica.
O professor Wellington visitou, também, um acampamento montado por
aproximadamente 200 não indígenas e ocupantes da área em conflito, em
São João do Caru, a cerca de 300 metros próximos da Base Operacional
montada pelo Governo Federal.
Os conflitos pela posse de terra na região já se estendem desde 1992 e a
retirada de ocupantes não indígenas da TI AWA GUAJA cumpre uma decisão
judicial do Tribunal Regional da 1ª Região, de 2012, que reconheceu o
direito territorial dos índios e a nulidade de todos os títulos de
domínio concedido pelo poder público. O processo de entrega das
notificações para as famílias que ocupam a reserva terra indígena
Awá-Guajá deve se estender de 10 a 15 dias. Após o término desse prazo,
as famílias notificadas terão 40 dias para deixar o local.
‘É necessário um acompanhamento mais de perto da área em conflito por
parte da sociedade e dos poderes constituídos, para monitorar o processo
de desintrusão da terra indígena, dando apoio às centenas de famílias
não indígenas, envolvidas na desocupação, que ainda não têm uma área
definida para onde ir, bem como não serão indenizadas, mas precisam ter
respeitada a sua dignidade. O clima na região é tenso’, destacou
Wellington do Curso.
Do Blog do Hilton Franco.
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